Dificuldade e falta de frequência para defecar ou a sensação de que o reto não está vazio após a evacuação caracterizam a constipação intestinal. Como observa a Dra. Ana Zuccaro, médica gastroenterologista, tal situação pode ser aguda ou crônica e têm diversas causas.
As pessoas têm diferentes frequências de evacuação, fato que não aponta, necessariamente, para o diagnóstico de constipação. Esta ocorre quando há frequência de evacuação menor que 2 vezes por semana e, principalmente, quando há sintomas relacionados à evacuação, como dores ou desconforto abdominal, náusea, cansaço e falta de apetite.
Dentre as causas mais frequentes da constipação intestinal, estão modificações na alimentação, uso inadequado de medicamentos e laxantes e síndrome do intestino irritável. O tratamento envolve, antes de tudo, o cuidado com a alimentação – como a inclusão de verduras, fibras e cereais – e com a rotina relacionada à saúde intestinal. Podem ser utilizados, em alguns casos, medicamentos prescritos por médico especialista.
Quando não resolvida em tempo adequado, a constipação intestinal pode causar complicações, como hemorroidas, prolapso retal, fissura anal e doença diverticular. Por isso, é fundamental consultar um médico se os sintomas de constipação se tornarem frequentes. A Dra. Ana aponta, ainda, alguns sinais de alerta que indicam a necessidade urgente de cuidados médicos. São eles a distensão abdominal (inchaço), vômito, a presença de sangue nas fezes e a perda de peso. Note-se também que constipações graves e súbitas apontam para a possibilidade de uma obstrução intestinal, que deverá ser investigada através de exames específicos.