A cirrose hepática é decorrente do agravamento da fibrose hepática. Como explica a Dra. Ana Zuccaro, médica gastroenterologista e endoscopista, o principal problema da cirrose são as complicações que ela pode trazer e, por isso, é fundamental diagnosticá-la e tratá-la precocemente.

As causas da cirrose são as mesmas das da fibrose hepática. No Brasil, as principais causas são o uso crônico de álcool, hepatite viral e a esteato-hepatite, causada por disfunções metabólicas. Outras causas possíveis são as lesões nos ductos biliares (colangites). 

A cirrose pode ser assintomática ou apresentar sintomas inespecíficos. Por isso, seu diagnóstico pode ser tardio, em estágios avançados. Entre os sintomas inespecíficos, a Dra. Ana destaca a perda de peso e a fadiga. Já entre os sintomas tardios, decorrentes de complicações, ela aponta a hipertensão portal, o sangramento por varizes esofagogástricas, a ascite, ou encefalopatia hepática, com insuficiência hepática. 

Como relata a Dra. Ana, o diagnóstico da cirrose hepática é realizado através de uma avaliação clínica atenta e exame físico detalhado, podendo ser requisitados diversos exames, em geral não invasivos (como exames de imagem, hemogramas e testes para investigar possíveis causas virais) e endoscopia digestiva alta para avaliação de varizes esofágicas ou esofagogástricas e a gastropatia portal hipertensiva.

O tratamento envolve necessariamente cuidar da causa da cirrose e controle das suas complicações. Além disso, deve ser interrompido o uso de substâncias tóxicas ao fígado e incentivado um estilo de vida saudável, através de uma rotina equilibrada e uma nutrição adequada. Independentemente da causa da cirrose, os pacientes com esse diagnóstico devem consultar regularmente uma médica gastroenterologista, junto da qual poderão traçar uma estratégia adequada para minimizar os danos causados pela doença e promover sua saúde.