A videoenteroscopia é o procedimento que permite visualizar todo o intestino delgado, inacessível à endoscopia digestiva e à colonoscopia. Como explica a Dra. Ana Zuccaro – especialista em gastroenterologia e endoscopia –, a enteroscopia produz imagens precisas e serve de suporte para intervenções, tais como a remoção de pólipos, tratamento de hemorragias e biópsias.
O procedimento é indicado nos casos de sintomas como hemorragias, cuja causa, no entanto, não pôde ser identificada pela endoscopia na presença de anemia com sangue oculto negativo não identificada através da endoscopia e colonoscopia e em casos selecionados de Doença de Crohn. Também pode ser indicado em casos de estenose ou suspeita de tumor no intestino delgado. A videoenteroscopia pode ser realizada através de dois procedimentos principais. O primeiro deles é a cápsula endoscópica, uma pequena câmera de vídeo que, após ser engolida, envia imagens do trato digestivo a um receptor, que não permite a realização de biópsias ou procedimentos terapêuticos e outro procedimento, mais complexo do que a endoscopia digestiva alta ou a colonoscopia, realizado sob anestesia e consiste na inserção de um videoentereoscópio assistido por balão, pela boca (via anterógrada) ou pelo ânus (via retrógrada), para o exame do intestino delgado.