Tumores no intestino grosso e no reto são predominantemente adenocarcinomas, decorrentes da proliferação de células das paredes internas do intestino. Como explica a Dra. Ana Zuccaro, especialista em gastroenterologia e endoscopia, o câncer desenvolve-se a partir de pólipos, podendo espalhar-se para gânglios linfáticos e, em casos mais graves, para outros órgãos, com metástases, principalmente para fígado e peritônio.
Como aponta a Dra. Ana Zuccaro, diversos fatores contribuem para o aumento do risco de desenvolver um tumor maligno. Dentre eles, destacam-se histórico familiar e escolhas alimentares; principalmente a escassez de fibras, dietas ricas em alimentos ultraprocessados e industrializados e a dieta com carnes gordurosas, defumadas ou embutidos
Dentre os sintomas correspondentes aos tumores de intestino, citamos o sangramento nas fezes (que pode ser oculto ou imperceptível a olho nu), bem como fraqueza, anemia e fadiga, como podem manifestar-se através de sangramento vivo ou quadro de oclusão intestinal. Diante da presença de sintomas como esses, é fundamental consultar um médico. O câncer colorretal evolui lentamente e de forma assintomática da fase de lesões pré-malignas (pólipos) para a fase de câncer avançado, quando esses sintomas já estão presentes. Pelo fato de os tumores de intestino serem a segunda causa de câncer no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, a colonoscopia deve ser indicada preventivamente a partir dos 45 anos de idade. Como enfatiza a Dra. Ana, quanto mais precoce o diagnóstico de um tumor, maior a chance de cura.
Para investigar a possível presença de um tumor intestinal, será requisitado um exame de colonoscopia, por meio do qual se poderá visualizar a alteração da mucosa intestinal. O tratamento, em geral, consiste em intervenção cirúrgica para a retirada do tumor e, dependendo da localização da doença, comprometimento dos gânglios linfáticos ou presença de metástases, a quimioterapia e radioterapia poderão ser indicadas.